Parece que temos presidente


Parece que temos um presidente ao nível do impecável.

Se de repente tivéssemos um acesso de jornalismo fecal e encarássemos um jornalisma do Curreio da Manhã...muito provavelmente a situação amplamente sugestiva  com que o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa nos brinda com esta imagem (que nos insurge para os subúrbios consporcados do pudor), seria como que uma massagem marota nos nossos cérebros, para depois acariciar logo a seguir, aquela outra parte do encéfalo que trata de nos fazer comprar jornais e revistas divinais ao nível do cocó.

Sim...inventámos agora essa parte do cérebro. E depois, caraças??? 'À azar? Ou melhor...há 'asar? 
(tive agora uma tontura) Enfim...avansçemos...

Se assim fosse, seria automática a comparação com Bill Clinton, mesmo sem a certeza de termos uma secretária chamada Monica Lewinsky de chapéu de praia em funções oficiais, como aliás se poderia supor na imagem, uma vez que desta feita, seria mais do que óbvio que a senhora estaria ali a meter selos brancos na papelada. Há que aproveitar todos os tempos mortos para aviar os selos brancos na-que-la pa-pe-la-da es-pe-cí-fi-ca (sempre defendi isto e farto-me de o dizer à minha mulher, mas pronto...).

Mas a verdade que importa aqui reiterar, é a de que o novo representante desta república (até à data, "das bananas"), parece estar a fazer um bom trabalho:

-Quebra protocolos para chegar às pessoas;
-Não convida governos fascistas estrangeiros de fora para a festança da tomada de posse;
-Diz querer o povo "aos beijos" com a política...incluindo a juventude (no caso, por intermédio de linguados...políticos, claro);
-Quer que a malta faça um upgrade à autoestima;
-Mostra-se um negociador com predisposição para o miminho e não um supra-sumo do poder sem expressão, como o...aquele que começa com "C" e acaba em "avaco Silva" (só para não dizer o nome e estragar o good vibe que temos agora...não vá o diabo tecê-las);


À opinião recente de muitos, junto agora a fofoquice da imagem que iniciou esta publicação e procedo à comparação de Marcelo Rebelo de Sousa com Obama, não só por isso que a vossa cabecinha marota vos fez pensar agora (ali por causa da suposta malandrice dos "selos brancos"), mas também pelo apanágio do seu caráter apaziguador.
E por falar em apaziguamento...vocábulo que provém da palavra "paz", do latin "pax/pacis", podemos dizer que o nosso Marcelo transmite uma boa química para com as pessoas, assim como o "Papa Xico" (para os amigos), uma vez que o novo presidente fecunda a seletividade social das pessoas, com uma extrema simpatia, o à vontade do costume, o aconselhamento literário e/ou a oferta de um dos seus livros a cada Dona Libéria que encontra ora no mercado, ora na lota.

É que o homem já tem livros suficientes para encher as prateleiras de 2 ou 3 Livrarias Lello, por isso anda a escoar o stock.

Há portanto um "Papa Xico", e um "Papa Livros".



Por outro lado, e considerando essa valência que o torna mais próximo do povo, torna inevitável um outro lado que nem todos assimilam de bom grado. Falo agora da publicidade que supostamente foi levado a fazer (e que foge efetivamente do protocolo presidencial) para conseguir um patrocínio e acabar com os gastos desmedidos em resmas de bisnagas de Halibut regenerador para as assaduras, derivado ao exacerbado e forçado número de tratamentos de acupuntura (com os pêlos do buço) que as nossas princesas da lota e do mercado lhe fazem a cada beijo nos cantos da boca!

Ninguém quer um presidente a fazer publicidade a marcas de pomada, mas também é certo que não queremos um representante presidencial com a cara toda assada, semelhante a uma pita, após uma cena de melos com um marmanjo de 18 anos de barba rija.

Pendências políticas à parte, será perfeitamente legítimo dizer que independentemente de ter andado 10 anos a cozinhar esta panela presidencial em banho-maria, esta cara será talvez uma escolha menos passível de tanta torcidela de nariz por parte do Zé Povinho. Mas...vamos ter de esperar para ver, certo? Temos 5 aninhos para ir avaliando a coerência dos seus tiques (os tique spolíticos, inclusive).


Finalizando, uma máxima que todos certamente conhecerão*:

Mais vale um poema sem rima do Marcelo, do que uma fórmula resolvente do Cavaco.
* Apenas para a malta que se passeia pelos empreendimentos Bilhargrandences

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